Walter Vieira, sócio do PCS Lab, foi preso acusado de emitir laudos falsos que levaram à contaminação de órgãos por HIV, afetando seis pessoas no Rio de Janeiro. A investigação, que envolve 11 mandados de busca, destaca a questão dos diplomas não reconhecidos de funcionários técnicos, apontando falhas graves no sistema de saúde.
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Se você já ouviu falar de HIV, provavelmente tem dúvidas sobre o que realmente significa, como ele age no corpo e o que fazer para se proteger. Não se preocupe, vamos conversar de forma simples e direta. O HIV (Vírus da Imunodeficiência Humana) ataca o sistema imunológico, principalmente as células CD4, que são responsáveis por defender o organismo contra infecções.
Quando o vírus entra no organismo, ele começa a se multiplicar e reduz a quantidade de células CD4. Se o número dessas células cair muito, o corpo fica vulnerável a doenças graves, o que chamamos de AIDS. Mas vale ressaltar que ter HIV não significa automaticamente ter AIDS – há tratamento que controla o vírus e mantém o sistema imunológico funcionando.
Como o HIV se espalha
O vírus se transmite principalmente por contato com fluidos corporais contaminados, como sangue, sêmen, secreções vaginais e leite materno. As situações de risco mais comuns são relações sexuais sem preservativo, compartilhamento de seringas ou agulhas contaminadas e transmissão de mãe para filho durante a gravidez, parto ou amamentação.
É importante notar que o HIV não se espalha por contato casual – nada de compartilhar copos, apertar mãos ou usar o mesmo banheiro. O vírus não sobrevive muito tempo fora do corpo, então o risco em ambientes como escolas ou transportes públicos é nulo.
Prevenção e tratamento eficazes
A prevenção começa com informação. Usar preservativo em todas as relações sexuais é a forma mais eficaz de evitar a transmissão. Para quem tem mais de um parceiro ou está em relação de risco, o uso de profilaxia pré-exposição (PrEP) reduz drasticamente a chance de contrair o vírus. A PrEP é um comprimido diário que mantém níveis de medicamento no organismo, dificultando a replicação do HIV caso haja contato.
Se a pessoa já tem HIV, o tratamento padrão é a terapia antirretroviral (TAR). Essa combinação de medicamentos impede que o vírus se multiplique, permitindo que o sistema imunológico se recupere. Hoje em dia, a maioria das pessoas em TAR mantém a carga viral indetectável, o que significa que o risco de transmissão praticamente desaparece – o conceito “indetectável = intransmissível” (I=I) tem respaldo científico.
Manter a adesão ao tratamento é crucial. Tomar os remédios na hora certa, fazer exames regulares e acompanhar a carga viral ajuda a garantir que o vírus fique sob controle. Se você tem dúvidas sobre qual esquema usar ou como lidar com efeitos colaterais, converse com um profissional de saúde – eles podem ajustar a medicação conforme necessário.
Além do aspecto médico, o apoio psicossocial faz diferença. Grupos de apoio, linhas de ajuda e aplicativos de lembrete ajudam a manter a motivação e a enfrentar o estigma que ainda existe em torno do HIV. Lembre-se: viver com HIV hoje é possível e saudável, desde que haja tratamento adequado.
Em resumo, o HIV é um vírus que ataca o sistema imunológico, mas graças aos avanços da medicina, a prevenção e o tratamento são altamente eficazes. Use preservativo, considere a PrEP se precisar e, caso já tenha o vírus, siga a terapia antirretroviral sem falhar. Informação, prevenção e acompanhamento são as chaves para manter a sua saúde em dia.