A chegada de Busquets e o impacto imediato
Quando o Inter Miami anunciou a contratação de Sergio Busquets em 2023, o retorno à atenção dos jornais americanos foi imediato, mas muitos ainda achavam que o centro‑campo seria apenas mais um detalhe. O que acabou acontecendo foi uma reviravolta completa: o ex‑campeão da La Liga chegou como um maestro silencioso, reorganizando a forma como a equipe controla o ritmo do jogo.
Logo nos primeiros treinos, Busquets mostrou que sua visão de jogo não tinha data de validade. Ele passou a ser o ponto de referência para passes curtos, transições rápidas e, sobretudo, para a disciplina tática exigida pelo estilo americano de futebol. A diferença se percebeu na primeira partida contra o New York Red Bulls, onde ele comandou o meio‑campo com a mesma tranquilidade que mostrava em Barcelona.
Além da qualidade técnica, a presença do espanhol trouxe um “código de conduta” dentro do vestiário. Jogadores mais jovens começaram a observar seus movimentos, a aprender a ler o jogo antes mesmo de receber a bola. Essa influência foi decisiva na campanha que levou o Miami a levantar a Leagues Cup em 2023 – o primeiro troféu importante da história do clube.
O legado e os planos futuros
A temporada de 2024 consolidou ainda mais a importância de Busquets. Sob o comando de Javier Mascherano, que já havia compartilhado os bancos ao lado do meio‑campo catalão, o Inter Miami garantiu a Supporters' Shield, título que coroa o melhor da rodada regular da MLS. Cada partida evidenciava a capacidade do espanhol de ler os espaços, fechar lacunas defensivas e distribuir a posse de forma quase mecânica.
Mas o que realmente surpreende é a postura do jogador diante da aposentadoria anunciada para o fim da temporada de 2025. Enquanto a maioria dos atletas começa a reduzir a carga, Busquets tem sido incansável. Em um recentíssimo duelo em Nova Iorque, ele ainda marcou presença dominante, dirigindo as jogadas de bola parada e recuperando bolas perdidas com a mesma eficiência de quando vestia a camisa azulgrana.
Mascherano não esconde o arrependimento: “É uma pena que ele vá se retirar agora. Poderia jogar mais um ano em alto nível.” O técnico ainda acredita que o espanhol tem muito a oferecer, inclusive como futuro treinador. Quando a carreira como jogador chegar ao fim, as portas de clubes de elite – inclusive do Barcelona – já estariam escancaradas para o seu nome.
Para os torcedores de Miami, a presença de Busquets transcende números. Ele representa um modelo de profissionalismo, um exemplo de como a experiência europeia pode ser aplicada ao ritmo mais físico da MLS. O legado já está escrito em duas conquistas históricas, mas o verdadeiro impacto talvez se revele nas gerações que ainda vão seguir seus passos dentro e fora de campo.
- Leagues Cup 2023 – Primeiro título do Inter Miami
- Supporters' Shield 2024 – Campeão da temporada regular da MLS
- Mais de 700 jogos pelo Barcelona, com várias Ligas dos Campeões
- Participação em duas Copas do Mundo com a seleção espanhola
6 Comentários
serio, quem acha que ele ainda tá no auge tá dormindo. ele joga como se tivesse um mapa mental do campo e só sai do lugar quando precisa. o resto tá só fazendo movimento, ele é o cérebro.
eu não acredito que o barça deixou ele ir... sério? tipo, eles tinham um gênio vivendo entre eles e só pensaram em economizar? que desastre. eu chorei quando vi ele de camisa do miami. 😭
o mais louco é que ele nem precisa correr muito... ele só aparece no lugar certo e tudo vira jogo. tipo, é como se o futebol fosse mais lento pra ele. eu adoro isso.
a transição do modelo tático europeu para a MLS é um case de estudos de gestão esportiva. Busquets não é só um jogador, é um vetor de hegemonia cultural no futebol contemporâneo. ele opera na interseção entre a epistemologia da posse e a fenomenologia da pressão. sem ele, o Miami é só mais um time com salário alto e pouca inteligência.
ele tá só fazendo o que qualquer meio-campista de 35 anos faz quando não tem mais velocidade. o que é impressionante é que o técnico deixou ele jogar 90 minutos. isso é fraqueza tática, não genialidade.
olha, eu não sou do Miami, mas vou dizer uma coisa: esse cara é o que todo jovem jogador deveria estudar. ele não grita, não faz show, só lê o jogo e ensina sem falar. se você quer ser bom, pare de tentar ser o mais rápido e comece a ser o mais inteligente. ele é o exemplo vivo disso. e sim, o Barcelona perdeu uma alma quando deixou ele ir.
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