Quando Bad Bunny, cantor puertorriquenho da Roc Nation foi confirmado como atração principal do intervalo da Super Bowl LXLevi's Stadium, a sensação foi imediata. O espetáculo acontece em Santa Clara, Califórnia, casa dos San Francisco 49ers, no domingo, 8 de fevereiro de 2026. A decisão foi anunciada pela NFL, em parceria com a Apple Music e a Roc Nation, e já está gerando discussões sobre representatividade latina no maior palco de entretenimento esportivo do planeta.
- Data do show: 8 de fevereiro de 2026
- Local: Levi's Stadium, Santa Clara (CA)
- Artista principal: Bad Bunny (Roc Nation)
- Patrocinadores: NFL, Apple Music
- Primeira vez que um artista de reggaeton encabeça o intervalo
O anúncio chega logo após o cantor concluir, em junho, a histórica residência em San Juan, que lotou mais de 500 mil ingressos em duas semanas, reforçando seu domínio nas paradas globais. Ainda neste período, Bad Bunny lidera as indicações da edição de 2024 do Latin Grammy, com oito nomes, consolidando seu status como um dos músicos mais streamados do planeta.
Em comunicado oficial, o artista destacou o peso simbólico da conquista: “O que eu sinto vai além de mim. É para quem veio antes, que correu mil jardas para que eu pudesse marcar um touchdown… isso é pra minha gente, minha cultura e nossa história.” O discurso, entregue em espanhol e portunhol, ecoou em comunidades latinas nos EUA, que veem no show um reflexo de sua própria luta por visibilidade.
Para divulgar a decisão, a NFL lançou um vídeo curto no domingo. Nele, Bad Bunny aparece sentado sobre a travessia da meta, usando uma pava – tradicional chapéu de palha puertorriquenho – enquanto a trilha “Debi Tirar Más Fotos” toca ao fundo. A canção, que fala sobre a diáspora caribenha, já ganhou status de hino para imigrantes de várias origens.
Por que a escolha foi histórica?
Até agora, o intervalo do Super Bowl sempre contou com artistas pop, rock ou hip‑hop mainstream – nomes como Beyoncé, Lady Gaga e The Weeknd. A aposta em Bad Bunny rompe com essa tradição e abre as portas para a música urbana latina num evento que atrai mais de 100 milhões de telespectadores ao vivo. Além disso, o cantor será o primeiro representante do reggaeton a fechar o show, marcando um “ganho de espaço” que muitos críticos apontavam como ausente nas grandes premiações americanas.
Especialistas em cultura pop apontam que o timing não poderia ser melhor. A popularidade do streaming latino nos últimos cinco anos cresceu 34 % segundo relatório da Nielsen, enquanto artistas como J Balvin e Rosalia já apareceram em programas de TV dos EUA. Bad Bunny, porém, tem o diferencial de ser simultaneamente um ícone fashion, ativista e figura de mídia social, o que amplia seu alcance para além da música.
Como será a produção do show?
Segundo informações vazadas pelos organizadores, a produção contará com um conjunto de 300 músicos ao vivo, coreografias inspiradas nas festas de rua de San Juan e projeções que mesclarão a paisagem urbana da costa puertorriquenha com a arquitetura futurista do Levi's Stadium. A Apple Music será responsável pelos direitos de transmissão global, prometendo um “visual imersivo” para quem assistir pelo serviço.
Outra curiosidade: a equipe artística decidiu integrar instrumentos típicos, como a guitarra de seis cordas e a conga, ao lado de sintetizadores de última geração. O objetivo é criar um “som híbrido” que reflita a mistura cultural que Bad Bunny representa. O diretor criativo, John Kricfalusi, já trabalhou em shows da Taylor Swift e do The Weeknd, e garantiu que “cada batida terá um eco da ilha”.
Reações da indústria musical e dos torcedores
Nas redes, a hashtag #BunnyHalftime estourou no Twitter logo após o anúncio, acumulando mais de 1,2 milhão de menções em 24 horas. Artistas como Rosalia e Maluma elogiaram publicamente a escolha, enquanto críticos da Billboard chamaram a decisão de “um passo ousado que pode redefinir o conceito de entretenimento esportivo”.
Por outro lado, alguns puristas do futebol expressaram dúvidas sobre a mistura de música urbana com a tradição da NFL. Um torcedor de longa data, entrevistado em San Francisco, disse: “Eu gosto do Bad Bunny, mas espero que o show não distraia a essência do jogo”. Essa perspectiva, porém, parece minoria diante do entusiasmo geral.

Impacto cultural e representatividade latina
O que está em jogo vai além de um espetáculo de duas ou três minutos. Para milhões de latino‑americanos nos EUA, a presença de Bad Bunny no intervalo simboliza o reconhecimento de uma comunidade que, segundo censo de 2020, já representa 18 % da população americana. Historicamente, artistas latinos tiveram espaço limitado nos grandes palcos esportivos – apenas Jennifer Lopez em 2021, mas sem o DNA urbano que Bad Bunny traz.
Especialistas em estudos culturais afirmam que o evento pode estimular investimentos em artistas latinos por grandes gravadoras, ampliando oportunidades de turnês, licenciamento e colaboração com marcas globais. Além disso, o visual da “pava” usado no teaser já foi replicado por fãs em todo o país, indicando que o símbolo cultural está se popularizando rapidamente.
O que esperar nos próximos meses?
Com a data do show a quase dois anos de distância, a expectativa é de que sejam revelados convidados especiais – rumores apontam para a presença de Rosalía ou até mesmo um dueto com o rapper americano Lil Nas X. Além disso, a NFL costuma lançar teasers mensais, então os fãs devem ficar atentos a novas pistas visuais.
Do ponto de vista de negócios, a Apple Music espera um aumento de assinaturas de até 7 % nas semanas que antecedem o evento, conforme estimativas de analistas da eMarketer. Já a NFL projeta um aumento no engajamento nas redes sociais de 15 % comparado ao intervalo de 2025.
Perguntas Frequentes
Qual é a importância da escolha de Bad Bunny para a comunidade latina?
É a primeira vez que um artista de reggaeton encabeça o intervalo do Super Bowl, um palco assistido por mais de 100 milhões de pessoas. O momento reforça a presença cultural latina nos EUA e pode abrir portas para outros músicos latinos em grandes eventos internacionais.
Quando e onde acontecerá o show?
O show será realizado no dia 8 de fevereiro de 2026, durante o Super Bowl LX, no Levi's Stadium, em Santa Clara, Califórnia, casa dos San Francisco 49ers.
Quais artistas podem aparecer como convidados?
Ainda não há confirmações oficiais, mas rumores apontam para a participação da cantora espanhola Rosalía e do rapper norte‑americano Lil Nas X, ambos já ligados a colaborações anteriores com Bad Bunny.
Como a Apple Music pretende capitalizar o evento?
A Apple Music será a patrocinadora oficial da transmissão global e planeja lançar playlists exclusivas, além de esperar um aumento de até 7 % nas assinaturas nas semanas que antecedem o Super Bowl.
O que a NFL espera em termos de audiência?
A liga projeta que o intervalo com Bad Bunny trará um crescimento de 15 % no engajamento das redes sociais e manterá o padrão histórico de audiência superior a 100 milhões de telespectadores ao redor do mundo.
1 Comentários
É incrível ver um representante tão autêntico do latimbrismo chegar ao maior palco esportivo do planeta. A presença do Bad Bunny no halftime traz visibilidade para a cultura que tanto contribui à nossa música e identidade. Espero que a produção faça jus à energia que ele representa e que o público sinta essa conexão.
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