Na quinta-feira, 27 de julho, o Presidente Lula sancionou uma lei que estabelece uma taxa de 20% sobre compras internacionais de até US$ 50. Conhecida como 'taxa das blusinhas', a medida foi criticada por possivelmente afetar os mais pobres, mas entrará em vigor em 1º de agosto. Medicamentos para uso pessoal foram isentos dessa tributação por meio de uma Medida Provisória.
Leia MaisTaxa de Compras: tudo o que você deve saber
Se você já percebeu um valor a mais na nota ou no boleto, provavelmente encontrou a taxa de compras. Essa cobrança aparece em várias situações – desde compras internacionais até serviços digitais – e pode pegar muita gente desprevenida. Vamos explicar de forma simples o que é, quando paga e como se preparar para não sentir o bolso apertado.
Quando a taxa de compras aparece?
A taxa de compras costuma surgir em três momentos principais. Primeiro, nas importações: ao trazer um produto do exterior, o governo impõe um imposto que pode variar entre 60% e 100% do valor declarado. Segundo, nas transações online de serviços digitais, como assinaturas de streaming ou softwares, algumas operadoras adicionam um custo extra que aparece como “taxa de operação”. Por fim, em compras realizadas em estabelecimentos que exigem captura de crédito, pode haver uma tarifa de “taxa de serviço” cobrada pela administradora do cartão.
Como calcular e reduzir o impacto
Para não ser pego de surpresa, calcule sempre o preço final antes de fechar a compra. Se for importação, some ao valor do produto o frete, o seguro e o imposto estimado (geralmente 60% do total). No caso de serviços digitais, verifique se o plano inclui a taxa ou se ela aparece como “cobrança adicional”. Uma dica barata: use cartões de crédito que oferecem isenção de taxa de operação ou procure plataformas que já incluam todos os custos no preço exibido.
Outra estratégia é acompanhar as mudanças nas leis fiscais. O governo costuma ajustar a alíquota da taxa de importação em períodos de crise econômica ou para proteger a indústria nacional. Ficar de olho nas notícias evita que você pague mais do que o necessário. Se a taxa subir, avalie se vale a pena esperar ou procurar um fornecedor local.
Se a taxa de compras estiver presente em compras nacionais, pode ser um sinal de que o estabelecimento está usando um sistema de pagamento com custos elevados. Pergunte ao vendedor se há outra forma de pagamento – por exemplo, boleto bancário – que costuma ter tarifas menores ou até ser gratuito.
Para quem faz compras recorrentes, como assinaturas de revistas ou serviços de armazenamento em nuvem, vale a pena negociar diretamente com o fornecedor. Muitas empresas oferecem descontos para pagamentos à vista ou para clientes que aderem a planos anuais, diminuindo a taxa de operação.
Se você está preocupado com a taxa de compras em compras internacionais, uma alternativa é usar serviços de redirecionamento de encomendas que já incluem o cálculo dos impostos. Esses intermediários cobram uma taxa fixa, o que facilita o planejamento financeiro.
Em resumo, a taxa de compras pode aparecer de diferentes formas, mas entender onde ela está escondida e como ela é calculada já elimina boa parte da surpresa. Use as dicas acima, compare opções de pagamento e fique atento às mudanças na legislação. Assim, você controla melhor seu gasto e evita que a taxa pese no final do mês.